sexta-feira, 27 de abril de 2018

Fóssil de elefante pré-histórico é encontrado por pescadores em Sombrio, SC


O fóssil de um mastodonte, uma espécie de elefante pré-histórico, foi encontrado por pescadores em Sombrio, no Sul catarinense. De acordo com pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), o osso é a metade esquerda da mandíbula de um macho adulto. O Museu Oceanográfico da Univali divulgou a descoberta do fóssil nesta semana.
No fim de março, os pescadores encontraram o fóssil a cerca de 23 metros de profundidade na costa de Sombrio durante uma pesca de arrasto.
A mandíbula encontrada é de um mastodonte que viveu há cerca de 30 mil anos, conforme o coordenador dos museus da universidade, professor Jules Soto. Os pesquisadores calculam que o animal tinha cerca de 5 metros de comprimento, pesava aproximadamente 3,5 toneladas e chegava a 2,5 metros de altura.
O professor afirma que fósseis desta espécie, de nome científico Stegomastodon waringi, são raros em Santa Catarina. Eles geralmente são encontrados mais no Rio Grande do Sul.

A espécie

O professor conta que o mastodonte, espécie semelhante aos atuais elefantes, vivia exclusivamente na América do Sul durante a chamada Era do Gelo.
O mamífero conviveu com os primeiros humanos que habitaram o Brasil e há indícios de que tenham sido caçados, como observado em fósseis encontrados nos Andes.

Outros fósseis

Além da mandíbula, outros fósseis foram encontrados pelos pescadores. "Veio a vértebra caudal de um lestodon, que é um tipo de preguiça, e uma vértebra torácica de um toxodonte [animal parecido com o atual hipopótamo]", conta o professor Jules Soto.
“Estamos monitorando as pescas de arrasto no litoral Sul do estado justamente para fazer esse registro dos fósseis da Era do Gelo", acrescenta.
Fósseis de animais pré-históricos já haviam sido encontrados antes em Santa Catarina. "Nós não havíamos encontrado ainda o Stegomastodon waringi, o mastodonte, mas [encontramos] a preguiça gigante, uma espécie de tatu gigante também e o toxodonte, que é muito parecido com um hipopótamo da África", diz Soto.

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