quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Nunca fomos tão infelizes, mostra pesquisa do Instituto Gallup

A população mundial está menos feliz em 2018 é o que aponta pesquisa publicada pelo Instituto Gallup. A queda nas taxas de felicidade no mundo está relacionada, em especial, pelo aumento do estresse originado pelas mais variadas razões. A pesquisa revelou que humor global enfrenta seu pior momento desde que a primeira pesquisa do tipo foi realizada em 2006. “Coletivamente, o mundo está mais estressado, preocupado, triste e sofrido hoje do que jamais vimos”, comentou Mohamed Younis, editor-gerente do grupo, em relatório.
O documento apontou que o país mais infeliz é a República Centro-Africana devido a conflitos internos sangrentos que prejudicam o acesso de grande parte da população ao básico. Como a maior parte do território está fora do controle do governo, cerca de três em cada quatro moradores disseram ter sentido dor e preocupação nos últimos meses. Outros países com baixo registro de felicidade foram Iraque, Iêmen e Afeganistão, os dois últimos enfrentam guerras.
Segundo a BBC, o Relatório Mundial da Felicidade da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado no início do ano, mostrou que a felicidade no Brasil também sofreu uma queda, caindo seis posições no ranking em relação à última pesquisa: agora ocupamos a 28° lugar numa lista com 156 países. Corrupção, questões financeiras e violência foram alguns dos itens que podem ter contribuído para o declínio.

Riqueza não traz felicidade

De acordo com a nova pesquisa, mesmo os países mais ricos não ficaram imune à mudança de humor. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de metade dos entrevistados afirmaram estar estressados – esse número foi muito similar às proporções registradas na República Centro-Africana.

Jan-Emmanuel de Neve, economista e professor da Universidade de Oxford, no Reino Unido, comentou que verificar essa piora no humor global é perturbador, especialmente quando há crescimento do progresso material no mundo. “Provavelmente existe um indicador mais estrutural ligado ao fato da riqueza crescente não ser suficientemente inclusiva”, disse.
Apesar de não estar entre os países mais ricos, o Paraguai liderou a tabela das nações mais positivas: os moradores revelaram-se descansados, foram tratados com respeito, se divertiram ou aprenderam algo no dia anterior.

E o Brasil?

O relatório da ONU apontou que no Brasil, assim como em outros países da América Latina, a percepção de corrupção generalizada, as dificuldades econômicas – para 36% dos brasileiros os rendimentos financeiros não são suficientes para cobrir as necessidades – e os índices de violência contribuem para uma perda na satisfação da população em relação à própria qualidade de vida. Entre entrevistados do Brasil, Equador, Peru e Venezuela, 15% disseram ter sido vítimas de algum crime em 2017.

Onde está a felicidade?

Na Finlândia. O país conseguiu desbancar a Noruega, que apareceu em primeiro lugar na pesquisa anterior. Alguns dos itens medidos pela pesquisa estavam o PIB per capita, apoio social, expectativa de vida, saúde, liberdade social, generosidade e ausência de corrupção.
Para os finlandeses, o acesso à natureza, a segurança, as boas creches e escolas e a assistência médica gratuita de qualidade estão entre os melhores pontos do país. Nem mesmo os invernos intensos foram capaz de reduzir a felicidade na Finlândia. Outros países onde o índice de felicidade é elevado são: Dinamarca, Islândia, Suíça, Holanda, Canadá, Nova Zelândia e Austrália.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Porto do Açu em São João da Barra exporta US$320,7 milhões no semestre

A exportação em São João da Barra no mês de junho retraiu 1,55% em relação a maio, atingindo US$74.900 milhões. O valor acumulado no sem...