O Ministério Público de São Paulo solicitou na última quinta-feira a instauração de inquérito policial contra o presidenciável Ciro Gomes (PDT) para apurar o crime de injúria racial, após o ex-governador do Ceará chamar o vereador paulista Fernando Holiday (DEM-SP) de “capitãozinho do mato” em uma entrevista em junho. A frase classificada como racista pelo vereador motivou também uma ação civil na Justiça de São Paulo. A defesa de Holiday pede indenização de R$ 38 mil. LEIA: Metralhadora verbal de Ciro Gomes já rende uma centena de processos Na entrevista concedida à rádio “Jovem Pan”, o pré-candidato à Presidência falava sobre uma possível coligação com o DEM na disputa pelo Planalto em outubro. Ciro afirmou que Holiday é “um negro que é usado pelo preconceito para estigmatizar”. Eleições 2018 — Esse Fernando Holiday é o capitãozinho do mato. A pior coisa que tem é um negro que é usado pelo preconceito para estigmatizar. Esse era o capitão do mato no passado — afirmou.Ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL), Holiday é conhecido por posições polêmicas. Dentre elas, o vereador defende a revogação das cotas para negros em concursos públicos e já chegou até mesmo a propor a revogação do dia da consciência negra. Ele argumenta que a política cotista reforça o racismo e não ajuda os negros.No ínicio do mês, um levantamento do Núcleo de Dados do GLOBO nos portais dos Tribunais de Justiça do Ceará, Distrito Federal, Rio de Janeiro e de São Paulo, além do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrou que há quase cem ações e recursos em andamento contra Ciro por calúnia, injúria, difamação ou pedidos de indenizações por danos morais envolvendo declarações do pedetista. Ao todo, 50 pessoas já processaram o presidenciável nos últimos 25 anos. A maioria políticos.
Leia a notícia completa em O Globo MP pede inquérito contra Ciro Gomes por injúria racial.
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