quarta-feira, 31 de outubro de 2018

CONHEÇA OS NOMES CONFIRMADOS E COGITADOS PARA INTEGRAR GOVERNO WITZEL



Área econômica está sendo a primeira a ser fechada, seguida da segurança pública

COORDENAÇÃO DA TRANSIÇÃO

Nome técnico para a coordenação da transição de governo, José Luís Cardoso Zamith até então era diretor administrativo de uma consultoria para desenvolvimento de negócios na América Latina. Entre 2007 e 2012, o executivo teve passagens também por empresas como a Embraer, o grupo francês Thales e a Nokia-Siemens Networks.

Assim como Witzel, no entanto, Zamith já foi fuzileiro naval. Oriundo do tradicional Colégio São Bento, no Rio, sua formação acadêmica começou, na Escola Naval, onde se formou em Ciências Navais, em 1994, e exerceu cargos como professor e instrutor. Foi em 2001 que ele ingressou na Fundação Getúlio Vargas (FGV), instituição na qual concluiu seu mestrado em Administração Pública em 2006. Além disso, Zamith possui MBA em Administração no TRIUM Global Executive MBA, que reúne a Escola de Negócios da Universidade de Nova York, a Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e a Escola de Altos Estudos Comerciais de Paris.

SECRETARIA DE FAZENDA

O intuito do novo governador é que a Secretaria de Fazenda seja ocupado pela economista Ana Paula Vescovi, atual secretária-executiva do Ministério da Fazenda de Michel Temer. Conhecida como “linha dura”, chama atenção que ela era Secretária do Tesouro Nacional na época da assinatura do Plano de Recuperação Fiscal do Rio. E foi também uma das responsáveis pela demora da assinatura do acordo, já que o órgão federal questionava de onde sairiam os R$ 4 bilhões necessários para fechar as contas do estado.

Witzel, que defende mudanças nos termos do plano, inclusive telefonou anteontem para o governador Paulo Hartung, do Espírio Santo, estado em que Vescovi foi secretária e implementou um ajuste fiscal. Um dos obstáculos às pretensões do governador, no entanto, seria que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, também tem planos de manter a secretária-executiva em algum posto de seu governo.

Antes também cogitado para a Fazenda, o economista Paulo Rabello de Castro, ex-presidente do BNDES e correligionário de Witzel no PSC, ainda não é carta fora do baralho. Foi oferecida a ele a participação na futura administração, não necessariamente num posto tão técnico quanto a Fazenda.

RIOPREVIDÊNCIA

Já foi batido o martelo, contudo, para a presidência do Rioprevidência. A missão de tentar desatar nós no setor, crucial para dar rumo às finanças do estado, será do atuário Sérgio Aureliano Machado. Com mais de 40 anos de carreira, Aureliano trabalhou em fundos privados e, em 1996, ingressou no Banco Mundial. No ano seguinte, foi cedido para o antigo Ministério da Previdência Social, onde participou da elaboração da Emenda Constitucional nº 20, que alterou o sistema de previdência no fim da década de 1990.

Também árbitro de futebol, nos últimos anos ele é consultor da Confederação Nacional de Municípios e atuário na previdência de cidades de vários estados, entre elas Piraí e Búzios, no Rio. Faz dois anos que ele conhece Witzel, ao atuar como perito na Vara Federal do Rio, da qual o novo governador é oriundo.

— Minha tarefa será árdua. Levantamentos apontam que 37% do orçamento do Rio é comprometido com a Previdência. É um assunto que passa muito pela Secretaria de Fazenda, porque é um problema muito mais financeiro do que técnico. Além disso, temos que avaliar a questão social envolvida — afirma Aureliano sobre as futuras funções.

SEGURANÇA

Na segurança, conforme adiantou a coluna de Ancelmo Gois, o delegado Marcus Vinicius Braga, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), e o coronel da reserva Fernando Belo são os mais cotados para assumir, respectivamente, os comandos da Polícia Civil e o da Polícia Militar. O primeiro é também ex-jogador profissional de futsal. O segundo, formado em administração de empresas. Ambos negaram terem sido sondados para os cargos.

Os dois se tornaram conhecidos em suas corporações por serem extremamente operacionais. Diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), Braga foi um dos responsáveis pela prisão, em 2008, do traficante Alexander de Jesus, o Choque, um dos principais traficantes da maior facção criminosa do Rio e que tinha forte atuação no Complexo da Penha, na Zona Norte. A prisão foi feita na Paraíba, por homens da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), que era comandada na época pelo delegado.

Já o coronel Fernando Belo atualmente é presidente da Associação de Oficiais Militares Estaduais (Ame). No ano 2000, foi responsável pelo comando das unidades de policiamento da capital e não hesitou em atuar com energia. No mês de novembro daquele ano, Belo usou um bastão d e madeira para quebrar vidros de 148 táxis, a fim de acabar com um protesto que parou o trânsito no Rio. Os veículos haviam sido abandonados por seus motoristas sem as chaves e com o freio de mão puxado. Todos os veículos foram apreendidos.

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